CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Flores e plantas também são essenciais, a atividade é legal não fecha no lockdown

Publicado em 10/03/2021

Divulgação Ibraflor
Tejon e Kees Schoenmaker, presidente do Ibraflor - Instituto Brasileiro de Floricultura

Pra não dizer que não falamos das flores, em meio a pandemia, crise política e econômica. Infelizmente por desinformação flores são rejeitadas e causam prejuízos aos agricultores. O comércio de flores é essencial, é legal, não fecha no lockdown.

Na segunda-feira passada visitei a Cooperativa Holambra, próxima de São Paulo, simplesmente a 4ª maior cooperativa de flores e plantas do mundo. Um movimento econômico de cerca de 1 bilhão e meio de reais. As flores e as plantas ornamentais, mesmo numa crise como 2020, aumentaram as suas vendas. Não as flores de corte, mas cresceram as plantas, numa evidência de que o meio ambiente nos lares são importantíssimos alimentos da mente.

Onde está o grande drama desse setor? Em março do ano passado houve uma destruição das flores por haver um entendimento de que floriculturas e as flores e plantas não eram essenciais. Foi terrível. Mas logo a ministra Tereza Cristina oficializou ser o ramo das plantas e flores essencial. Da mesma forma, o secretário Gustavo Diniz Junqueira da Agricultura do Estado de São Paulo, reenfatizou essa determinação.

Entretanto, com o novo lock down, neste mês, 1 ano depois, continua havendo por parte de prefeitos, e mesmo comerciantes, uma dúvida sobre se flores e plantas são essenciais. A resposta é sim. Flores e plantas fazem parte das autorizações de funcionamento, são essenciais e legais.

Com o medo e a dúvida assisti segunda-feira (8), com muita tristeza, cerca de 20% da produção da Holambra, antúrios, orquídeas, flores sendo descartados, numa cena triste. É simplesmente por falta da correta informação. No Brasil são cerca de 7 mil pontos de vendas de flores e plantas ligados a Holambra e diariamente, de segunda a sexta ocorrem os leilões, chamados Veiling, no melhor modelo da fórmula que ocorre na Holanda.

Aliás, estaria na hora da hortifruticultura pensar no excelente exemplo da Cooperativa Holambra para muitos outros setores. Portanto comércio, prefeitos, autoridades, flores e plantas são também essenciais. E aqui do meu lado não faltam as orquídeas.

Kees Schoenmaker, presidente do Ibraflor - Instituto Brasileiro de Floricultura, está à disposição para esclarecimentos. www.ibraflor.com e, apesar da crise, afirma: “Vamos crescer 10% em 2021”.

Pra não dizer que não falamos das flores e como precisamos de paz nesta guerra das polarizações.

José Luiz Tejon para o Jornal da Eldorado. Ouça o podcast aqui

Também pode interessar

In Ipiranga do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil, a circus family performed shows in this small town, with just 2 thousand inhabitants, when they were surprised by the Covid 19 pandemic. Everyone remembers the Covid 19 events: No more shows, no more joy of the clown in the ring, no more the trapeze, the jugglers, the dancers and the music.
“O país precisa criar coragem para encarar o problema da situação fundiária na Amazônia, de frente”. Essa é a afirmação do diretor executivo do Instituto Escolhas, Sérgio Leitão, a partir de um estudo realizado em parceria com o Grupo de Políticas Públicas da ESALQ/USP.
Após 5 anos do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio – CNMA, com cerca de 7500 presenças, e pesquisas realizadas sobre o perfil e o protagonismo das mulheres nesse complexo agropecuário, industrial, comercial e de serviços, apresento um estudo onde identificamos as “7 virtudes capitais das mulheres do agro CNMA“.
Conversei com João Dornellas, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos e Bebidas (Abia), que apresentou o balanço 2022. Batemos recorde no setor, superando R$ 1 trilhão, houve o crescimento da importância da indústria de alimentos e bebidas sendo responsável por 10,8% do PIB do país.
© 2025 José Luiz Tejon Megido. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por RMSite