CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Rádio Eldorado/Estadão - Brasil agrotropical, solução global!

Publicado em 05/12/2025

Divulgação
Tejon e Roberto Rodrigues no encerramento do ano do Cosag

Encerrado o ano do Cosag – Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp e tivemos um evento extraordinário onde Roberto Rodrigues fez um encerramento e o vi ser aplaudido de pé pelo seu efetivo, brilhante e genial trabalho, não só esse, mas esse foi a cereja de uma história de vida maravilhosa na COP30.

E queria aproveitar essa experiência toda do Roberto para ele nos dizer os principais desafios feitos e o que nos inspirará em 2026, com toda a experiência que tem.

Ele me disse: “Primeira parte, resultados de 2025 é COP30, porque as 29 COPs anteriores não tratavam de agricultura com a expressão que teve aqui no Brasil, pois a agricultura foi o Florão da COP. Nas anteriores era uma coisa terciária, quaternária, ninguém dava bola para a agricultura. Aqui eclodiu por várias razões. Primeiro porque a Embrapa junto com a CNA, OCB e entidades de classes montaram, todos juntos, uma Agrizone, que é uma vitrine da tecnologia tropical brasileira sustentável. O mundo todo viu aquele negócio e acreditou que o Brasil pode ser, de fato, o grande patrocinador da cena mundial da transição energética justa, gerando emprego nos países pobres e cuidando do clima. Essas questões todas o país tropical vai fazer, mas você perguntou e agora, o que vem pela frente? Um trabalho insano que passa, fundamentalmente, pela tecnologia. O produtor rural em um ano de crise, difícil, custos muito altos, preços baixos, margem muito estreita ou negativa e ter produção alta. Isso é educação, buscar a tecnologia melhor que tem, o melhor fertilizante, defensivo, máquina, manejo integrado à tecnologia para atravessar a crise que vem vindo em 2026/2027. Feito isso, o mundo já viu que nós somos um país tropical de agricultura sustentável, replicável na América Latina, na África Subsaariana, parte da Ásia também e aí sim, irmos juntos, montar um grande cinturão de tecnologia tropical, Embrapa, gente da Austrália, Nova Zelândia, Índia, Indonésia, Tailândia, países tropicais trocarem entre si todo informação possível para que o máximo da integração transforme a agricultura tropical para o planeta inteiro ter alimento, energia, e emprego no mundo mais pobre. Isso traz paz. Eu não posso ver nenhuma palavra mais importante para a humanidade do que paz esse tempo inteiro. Então eu tenho a convicção que a COP30 mostrou ao mundo que o agro tropical brasileiro será protagonista da paz mundial”.

Perguntei também ao Roberto se a proposta feita por ele tem algo tão rico que nos tiraria da polarização e dessa coisa de Norte e Sul, ou seja, uma proposta brilhante para reunir o cinturão tropical do planeta onde tem miséria, fome, pobreza e espaço para crescer e se seria possível fazer.

Ele me respondeu: “Eu acho que a COP30 mostrou essa possibilidade com clareza. Gente do mundo inteiro disse: puxa vida, eu não sabia que o Brasil era desse jeito e que replicava na América Latina, na África, em países pobres. Só que tem duas condições centrais para que isso aconteça, a primeira é ter financiamento, em um país pobre da África não vai incorporar o que nós criamos aqui sem dinheiro. Então tem de ter financiamento dos ricos para que os pobres cresçam e, segundo, tem de ter uma flexibilização na rede de comércio, porque senão o país consegue fazer tudo certinho e não vende porque o protecionismo dos países desenvolvidos não permite. Então tem que mexer em financiamento e protecionismo e aí o mundo tropical vira o campeão da paz”.

Roberto Rodrigues é um líder cooperativista internacional e o questionei se o cooperativismo nesse papel do cinturão tropical é importante. E ele acrescentou: “É central. Ainda bem que você colocou esse tema. Tecnologia é fator de progresso, mas pode ser fator de exclusão social. Aquele produtor que incorpora tecnologia vai para frente o outro vai para trás, quebra, desaparece e como evitar isso? Fazendo com que todo mundo tenha o mesmo acesso, incluir todo mundo na mesma direção tecnológica de gestão e inclusão e aí o papel das cooperativas será absolutamente central para que seja tratado pela democracia para se ter o mesmo acesso e a mesma condição”.

E pedi também ao Roberto uma mensagem de Natal e Ano Novo para todos!

“Natal e Ano Novo é sempre hora de esperança, renovação, de planejamento, de estratégia, de visão de futuro. O que nós precisamos? Amor e paz. Que o Natal seja um momento de plantar amor para que colhamos amor todos os dias no ano que vem”.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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