CABEÇA
DE LÍDER

José Luiz Tejon

Rádio Eldorado/Estadão - “COP-30, Belém ponto de partida não de chegada!”, Marcello Brito.

Publicado em 08/10/2025

Divulgação
Marcello Brito, enviado especial à COP-30.

Estou aqui com o Marcello Brito, enviado especial para a COP-30 sobre a Amazônia e também um profissional com experiência espetacular com relação ao mundo da Amazônia.

Perguntei a ele qual a grande expectativa para a COP-30 e o que vai acontecer e ele me respondeu: “É um desafio tremendo. Olhe o mundo que estamos vivendo, as tensões geopolíticas que nós estamos vivendo. Então não dá para não falar que existe um tensionamento que irá pressionar as questões da Convenção do Clima. Quanto a isso não tenho a menor dúvida. Isso você olhando o copo meio vazio. Vamos olhar o copo bem cheio, é a primeira grande reunião internacional que vai reunir chefes de estado e os principais estarão aqui em Belém. Apesar que tem muita gente que diz que tem poucos países, não tem poucos. Todos os países filiados a UNFCCC – Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – estarão presentes. Dá para ter certeza disso. Comitivas maiores ou menores, mas todos estarão. E é justamente nesses eventos que nós temos a possibilidade de jogar à mesa novas ideias, novas considerações, novos arranjos geopolíticos, estruturação de novos acordos. Então muito mais do que nós vamos entregar no último dia da COP-30, dia 22 de novembro, é o que nós vamos construir durante esses 11 dias em Belém e que nós vamos pôr em prática no exercício da presidência da COP do Brasil, que só termina o ano que vem quando nós entregarmos, eu acho que será Austrália, tá? Então eu acho que nos próximos 12 meses a partir de 9 de novembro quem irá fazer a agenda ambiental de negociações, o país é o Brasil. Então veja a oportunidade de nós inserirmos os novos modelos de mineração sustentáveis, novos sistemas alimentares tropicais, porque é nessa faixa tropical que reside toda capacidade produtiva de alimentos no mundo. Então essa é a oportunidade. Quando eu vejo alguém dizer, eu não vou para Belém porque lá é muito difícil. Esses dias até me perguntaram, Marcello, os empresários não vão para Belém. Eu falei: vão sim. Aqueles que já vão a Amazônia, que enxergam lá como um potencial para o agro, para a restauração florestal para carbono já estão lá. Os que não estão indo são aqueles que já não iriam. Então podem continuar a fazer suas reuniões em São Paulo, no Rio, sem nenhum problema, porque a COP é do Brasil. Ela só será sediada em Belém. Então a minha expectativa como brasileiro é que consigamos dar início a todas essas construções e eu tenho dito, o que eu espero de lá é entender que o mundo tem jeito e que essa nova construção geopolítica se dará a partir de Belém”.

Uma visão construtiva, efetivamente importantíssima, e tenho visto em minhas andanças pela Europa que a imagem da Amazônia é fundamental para a imagem brasileira. Então perguntei ao Marcello qual a visão dele sobre essa minha constatação.

Ele me disse: “Eu diria que a Amazônia tem um potencial de imagem muito mais forte do que o próprio Brasil. A Isabela Teixeira tem uma frase que é icônica pra mim: ‘A Amazônia coloca o Brasil no mundo, mas ao mesmo tempo tira o Brasil no mundo’. Nós deveríamos saber disso há muito tempo”.

Parabéns, sucesso Marcello na COP-30 e concordo com você. Obrigado.

José Luiz Tejon para a Eldorado/Estadão.

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