Um G5 agrícola, com as cinco maiores agriculturas do mundo - China, USA, Índia, Brasil e Europa - se faz necessário e urgente. O Salão de Agricultura de Paris este ano evidenciou como a agricultura e os agricultores estão no meio de uma arena política, mediática, militante, sendo, se permitirem isso, usados por interesses que não lhes farão bem.
Diretamente da França, o Salão de Agricultura abriu neste final de semana com a presença do presidente Macron, mas uma grande confusão, um povo gigantesco na porta e 3 horas para entrar. Realmente muita manifestação como eu nunca vi aqui. Manifestação de agricultores e gente pedindo justiça para os agricultores europeus. Eles exigindo que sejam impostas as mesmas regras do mercado europeu a todos os demais países.
Diretamente da França acompanhando as muitas manifestações dos agricultores. Hoje abre o Salão de Agricultura, e vai ter confusão em Paris. Estamos em um movimento aqui com os agricultores irados, essa é a palavra. E conversei com Claudio Lot, diretor executivo da Sucorrico, sobre as tendências da cadeia produtiva do suco de laranja.
Falo aqui da França, onde a coisa continua complicada aqui com os agricultores. E entrevistei o Tirso Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo, a FAESP. Ele estava aqui na Europa fazendo uma apresentação para a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, uma apresentação mostrando o agro sustentável brasileiro e se posicionando contra a enxurrada de protecionismos de todos os tipos.
Conversei com o criador do conceito de agronegócio na Universidade de Harvard nos anos 50, prof. Ray Goldberg, e pedi a ele qual o grande conselho que daria para o agro dos próximos 30 anos? E ele foi muito objetivo e claro: "precisamos reunir, unir o mundo numa grande luta contra as divisões e as polarizações. E nesse sentido o sistema alimentar é o único que tem dentro de si essa real possibilidade".